segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Evasão de passageiros em Marechal Hermes

 Estudante pula o muro: Quem deveria dar exemplo...

Este post é rápido, mas a mensagem é clara: Apesar de cercas de arame farpado, na estação de Marechal Hermes sempre estão havendo casos de evasão de usuários, principalmente no ponto destas fotos. Aí é o ponto das linhas de ônibus 738 e 786, linhas do Consórcio Santa Cruz, operadas pela Rio Rotas, na rua João Vicente. Estudantes, jovens, adultos e crianças, inclusive moradores de rua, acessam direto a estação por este ponto. 



Aí entra em questão a utilidade ou a função que os seguranças poderiam ter. Como sugeri na última reunião com a Supervia, a presença dos mesmos nas cabeceiras das plataformas já basta. Talvez cabines(como as que vocês vêem em pontos finais de linhas de ônibus)com a presença de seguranças fossem úteis e interessantes para coibir essa ação. Vale ressaltar: muitos que realizam as evasões podem ser os mesmos que podem vir a empatar as portas, por exemplo .



Outra atitude seria, neste ponto, continuar com o gradil. O muro de concreto só segue alguns metros adiante em direção ao mezanino da estação, terminando nas grades azuis originais da estação. Um fato é que os gradis são de escalada mais complicada, ainda mais com arames farpados, o que acontece e não acontece.



A presença do mesmos coibiu de certo modo a evasão, porém neste ponto estão mal-localizados, do lado de dentro do muro, quando deveriam estar em cima do mesmo, já para complicar a escalada.Esse é apenas um ponto clássico de evasão de passageiros na ferrovia, pois há muitos outros que devem ser resolvidos. 



Claro, muitos destes que fazem a evasão não tem condições de pagar a passagem constantemente, ou são camelôs que, para tirar sustento, tem que entrar "pela porta dos fundos". É inevitável que isso não ocorra, no entanto atualmente, com tantos recursos possíveis para se evitar ou reduzir tal prática, a evasão continue sendo uma constante.Perde-se a liberdade de circular pelas plataformas, pois se você for até o final da plataforma pode ser confundido por um segurança e você ser taxado de "caloteiro", quando o que faz isso passa "batido". Reflexos também de problemas sociais conhecidíssimos da nossa sociedade, a qual não discutirei-os aqui para não fugir do foco do post. Dado o recado.

 

Expressas (5)

Hoje o Expressas vem com muitas novidades. Na última quinta-feira(23-08) participei de uma reunião e visita ao CCO da SuperVia. Nela discutimos sobre possíveis melhorias, sugestões e a SuperVia anunciou algumas novidades interessantes. Vamos a elas:

Foto: Bruno Rodrigues

Mão Dupla: A Supervia informou que a reta de Honório deverá ser (novamente) duplicada em breve, mas que ainda falta ser apresentado o projeto e o cronograma das obras. Uma boa notícia, já que pode abrir espaço e margem para a criação de novos serviços, tal como uma "sanfona" ligando Honório Gurgel(do ramal Belford Roxo) e Deodoro.


ERTMS em testes! Conforme eu já imaginava, a Supervia confirmou que já há testes sendo realizados com o ERTMS na linha zero de Marechal Hermes. Os testes em todo o ramal Deodoro estão previstos para a segunda metade de setembro ou início de outubro. Haverão interrupções no serviço de passageiros aos domingos para o novo sistema ser testado ao máximo nas composições. No entanto, eles deram a garantia de que não haverão problemas nas mesma composições usadas pelo teste no decorrer da semana. Veremos.


Renovação: A SuperVia em breve se mostrará de fato uma empresa em processo de reformulação, como está ocorrendo depois que a Odebrecht Transport assumiu a maior fatia do controle acionário da empresa. Para seguir "a filosofia empresarial da Odebrecht", foi relatado que a partir de outubro a Supervia virá com uma grande renovação visual. Placas informativas, padrão de cores, atendimento ao cliente e até logomarca e a "Rádio Supervia" serão reformuladas para que a empresa demonstre a renovação que vem ocorrendo nos últimos meses aos usuários, até então passando despercebida, e dar uma idéia de "Nova Supervia".



Nova Central: A Supervia já dá como quase certa a reforma da estação da Central do Brasil, que inclui restauração do prédio original e construção de um "shopping" acima das plataformas. Só resta liberação do INEPAC/IPHAN para o início das maiores intervenções. Cabe lembrar: plataformas 1 e 13 já estão passando por obras. 


Incerteza: O processo de reforma dos trens deve ser paralisado. A Supervia afirmou algo semelhante ao MetrôRio no que diz respeito a reforma e colocação de trens com ar-condicionado, e deve perguntar ao Governo do Estado o que fazer: seguir com o processo de reformas ou adquirir novas composições em substituição. 


Reforma das Estações: A Supervia indagou acerca da reforma das estações e construção das estações Luz(ramal Japeri) e Corte Oito(ramal Saracuruna). A novidade fica por conta da reforma total de Nilópolis, que deverá ganhar uma nova cara. Sobre uma certa falta de padrão arquitetônico das estações, ela questionou que preferia realizar e executar o projeto de reforma ao invés de aceitar os projetos elaborados pelo Governo do Estado. Apesar dessa questão, eles ressaltaram que o relacionamento com o GERJ está sendo ótimo, o que facilita na hora de pedir investimentos ao Governo, que nada mais faz o seu dever. 


Outras da semana - Chineses e mais chineses: Segundo relatos, além dos chineses aos poucos já servirem no horário de rush da tarde para Campo Grande e Bangu, uma unidade vem sendo testada na formação de 8 carros, finalmente. Trens chineses envolvidos em polêmicas na imprensa relacionadas a uma suposta "corrosão" precoce das unidades, quando na verdade eram os reflexos das intempéries e do transporte sem a devida proteção(lona de cobertura)em alto mar. Ou seja, o contato direto com a água salinizada do mar fez com que aparecessem pontos de oxidação superficiais, necessitando somente de limpeza com materiais químicos para remoção desses pontos.  Tanto é que o fato não se apresentou nas unidades que vieram após o 3°lote, as que passaram a vir embaladas. Quem fez a denúncia foi a T'Trans, que alega não ter recebido pelo serviço. Convenha-se: ela não deveria ter recebido pelo que vem fazendo nos 700...

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Expressas (4)

Painel de controle do ERTMS instalado em um trem coreano.

ERTMS em testes? A Supervia, respondendo em seu Twitter sobre o uso dos chineses no horário de rush nos serviços para Bangu e C.Grande assim me respondeu:
RT @SuperVia_trens Ola, Andre. Os trens chineses rodam em Deodoro, pois lá está sendo testada a nova sinalização que permite melhor desempenho.

 2005 15 já está equipado com ERTMS, na seta vermelha o módulo de transmissão da unidade.

Fica a dúvida no ar: O ERTMS já está em funcionamento, sob caráter de teste? Muitas evidencias apontam que sim: No trecho Deodoro-Central as balizas já foram instaladas em toda extensão. Trens coreanos já estão com os STM(Módulos de Transmissão Específica) para interpretação e codificação dos dados enviados pelas balizas e os computadores de bordo para visualização gráfica dos dados pelo condutor também. De qualquer modo, é uma boa notícia saber que o ERTMS está sendo finalizado e irá começar a operar pra valer brevemente no principal trecho da Supervia. 


Reparado: O 3007, que sofreu um trinco no parabrisa devido a uma pedrada,  conforme informado nas últimas expressas, já foi reparado e opera normalmente. Veja abaixo o estado que ele se encontrava:



Senhora Leopoldina: A Supervia anunciou na última semana que fará a reforma e restauração da estação Barão de Mauá, na qual o projeto aguarda liberação do Iphan e Inepac. No entanto, nada foi afirmado sobre retorno das operações ferroviárias da empresa na estação. 



Bitolinha: No último final de semana houve interrupção dos serviços do ramal Vila Inhomirim, que foi atendido por ônibus sem acréscimo tarifário. O motivo foi a retirada de duas GE U12 inativas(segundo informações, 2362 e 2363) para serem encaminhadas a reforma. Elas foram transportadas por caminhões e dão continuidade a melhoria das locomotivas e vagões que operam nos ramais da bitola métrica.


Caiu a rede, é avaria... Ontem(13/08) o ramal de Santa Cruz apresentou atrasos e intervalos irregulares a partir do final da tarde. Às 16:20 a Supervia informou no áudio das estações que "devido a atos de vandalismo nas proximidades da estação Santíssimo" - provavelmente o furto dos cabos, a circulação dos trens paradores para Campo Grande estava suspensa. O ramal Deodoro foi servido por paradores indo até Deodoro e Bangu, e passageiros interessados nas estações posteriores a Bangu deveriam dar preferência ao Santa Cruz, que trafegava em via única no trecho de Bangu até Campo Grande. Segundo posicionamento oficial, houve queda de 600m de rede aérea, detectados por um trem que não pôde prosseguir sua viagem as 15:40. Os passageiros deste trem tiveram que desembarcar na via e seguir caminhando até Santíssimo. A circulação esteve prejudicada durante a noite, com muitos trens com destino a Santa Cruz e Bangu aguardando sinalização no trecho Deodoro-Bangu, devido ao tráfego em via única nas proximidades de Santíssimo.Os reparos pernoitaram, os intervalos continuaram irregulares durante a manhã e a circulação foi normalizada somente na tarde desta terça-feira, 24 horas depois do ocorrido. 

2005 16 lotado, para Santa Cruz: Consequência da queda de rede aérea em Santíssimo.


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Comparando os irmãos chineses...


No dia 28 de julho, eu e outros amigos fomos convidados para uma visitação aos novos trens do MetrôRio, coincidentemente caindo uma semana depois do  meu post acerca das polêmicas que os novos trens levantaram na imprensa. Por falta de tempo e organização não deu para fazer o post anteriormente. Mas, ao invés de fazer somente um post com fotos somente dedicadas ao novo trem do Metrô, farei um comparativo com o "parente" que já roda há alguns meses na Supervia.Para começar, o óbvio, que eles são absolutamente distintos não há como negar. Mas nem por isso são "incomparáveis". 


Design marcante, potencial para serem uma nova marca visual do Metrô do Rio, junto aos Mafersas.


 Um Metrô que tem como sua "marca registrada" de anos a frente de pára-brisa bi-partido do Mafersa com certeza ganhou um trem de design a altura para se tornar um novo ícone do sistema. Os detalhes em preto na pintura ajudaram a deixar o novo trem do Metrô com um visual mais bonito e chamativo.A semelhança com uma "salamandra" é positiva, e o conjunto de tail lights(luzes de cauda)e faróis remetem a outras unidades fabricadas pela CNR para sistemas ferroviários asiáticos.

Chamativos, os trens chineses da Supervia não passam despercebidos. 


Na Supervia, os 3000 ganharam popularidade entre os usuários do sistema.Simplesmente sendo chamados de "chineses" ou "trem novo", apresentam design único, que afirma ainda mais a novidade. A cor azul na máscara chama a atenção, junto com as tail lights que dão a impressão do trem ter um "bigode" vermelho. Uma coisa é certa: Em matéria de design externo, ambos são inovadores perante aos trens que operam nos dois sistemas.

Interior - Salão de passageiros


 Interior da unidade 3007 da Supervia
Internamente, os dois tomam rumos bem distintos. Os novos trens da Supervia tentam transmitir comodidade na viagem para compensar os seus 2.9m de largura, ao contrário dos 3.2m de largura dos trens coreanos.No entanto o usuário não deve sentir diferença: andar nos trens chineses é como se acomodar num Série 1000. Para isso, a Supervia retorna o uso dos bagageiros, de modo a convencer os usuários que viajam em pé façam o uso do mesmo, liberando mais espaço para circulação e tornando melhor a acomodação dos passageiros. Além disso, perde-se a barra de ferro no espaço entre as portas, melhorando o embarque e desembarque, já que usuários se concentram no espaço entre as portas e não se espalham para o restante do trem, muitas das vezes criando a falsa impressão de lotação.Porém, para pessoas mais baixas, as barras de ferro no teto ficaram altas, por um lado é incômodo, por outro faz o usuário recorrer aos apoios fixados nos bancos.

Interior da unidade 4007-4008 do Metrô
Comodidade é a palavra-chave dos novos trens do Metrô. Convencidamente largos(nem precisa comentar mais sobre isso), eles repassam isso na configuração longitudinal dos bancos e no amplo espaço livre em pé, que fatalmente faz lembrar do interior de muitos trens da Supervia. Mais espaço em pé requer atenção maior nos apoios, para isso o MetrôRio recorreu a uma solução bem conhecida e prática. Pega-mãos(ou "chupetas" como são popularmente conhecidas) foram adotados, de modo que os usuários tenham onde segurar durante a viagem. O toque asiático ficou ainda mais evidente, já que sistemas metroviários asiáticos como o de Tóquio sempre adotaram tal solução. Barras de ferro posicionadas ao lado das portas somente servirão para o apoio dos passageiros na hora de desembarque. Com um teto baixo em toda a sua extensão, devido ao sistema de ar-condicionado, o apoio nas barras de ferro e nos pega-mãos é bem mais cômodo. Um ponto favorável.

Gangways - Passagem entre os carros


Gangway dos chineses da Supervia: 
Estilo clássico, sanfona na cor preta que evita o encardimento que teria com cores claras, 
caso ocorrido nos trens coreanos.

Gangways foram adotados em ambos os trens. Ambos tem configurações semelhantes, com luminárias e apoios laterais, mas o MetrôRio acertou no acabamento e teve uma solução inteligente.Diferente dos trens da Supervia, a fixação do gangway é central, ou seja, essa "sanfona" é existente nas duas extremidades do carro, e são fixadas ao centro. Como a torção diminui, isso abriu a possibilidade de se colocar um revestimento protegendo a "sanfona" por dentro do gangway.

Gangway dos novos trens do Metrô: fixação central conectando a sanfona dos dois carros.
Internamente, sanfona protegida por um revestimento lateral. 


Comunicação visual


Mesmo com aviso luminoso e sonoro, avisos escritos foram criados para alertar os reais riscos de se colocar as mãos nas portas durante abertura ou fechamento.

Mapa das estações da Supervia: Atualizado e simples, apenas com proteção plástica.

 Numeração dos carros nas extremidades: 
Próximas as telas de LCD e aos indicadores de destino, facilmente localizáveis.


Em matéria de comunicação visual, ambos atendem bem as necessidades e comportamentos dos usuários que são transportados nesses trens. A Supervia apresenta mapas atualizados e avisos preventivos bem úteis. Com aviso sonoro e luminoso para abertura e fechamento de portas, no entanto, não conseguiu evitar acidentes com relação a usuários se ferindo ao apoiar a mão nas portas durante sua abertura, requerindo colocação de novos avisos para informar sobre o risco. A numeração das unidades é simples, seguindo o padrão 30XX-33XX-32XX-31XX, e dentro dos carros se localizam acima das telas de LCD, localizadas nas extremidades dos carros. Instalados no teto, os painéis de aviso são bem configurados e visíveis. 


 Tela de LCD e indicador de destino dos trens do Metrô: 
Bom acabamento, se complementando com o visual interno do trem.


Detalhes do painel dinâmico de estações.


Adesivos nas portas: Uma campanha válida que deveria ser adotada pela Supervia.

O Metrô Rio fez uma comunicação visual bem informativa, dinâmica e entendível. Para começar, o painel dinâmico das estações foi uma decisão bem acertada, e em conjunto com os avisos sonoros e pelos paineis de aviso deverão deixar os usuários amplamente informados do trajeto percorrido e a ser percorrido dos novos trens. Os painéis de aviso, assim como as telas de LCD, ficam junto as sancas do carro. A numeração feita para diferenciar dos outros  carros da frota no entanto é confusa, no padrão 40XX-60XX-50XX-50XX-60XX-40XX, e fica mais ainda com a numeração colocada dentro dos carros. Um usuário não pode entender(e com certeza não entenderá) de cara que, ao ver um adesivo 4007F numa ponta do carro e 4007R na outra ponta, entenda que o F e o R significam "Front" e "Rear" do carro, a frente e a traseira.  Mas chama mais a atenção e é mais visível que a dos 3000 da Supervia.


 Adesivos de numeração dos carros do Metrô: Se guie somente pelo número. 

Espaço para Cadeirantes


Espaço destinado a cadeirantes na Série 3000: Mal localizado.

Com relação aos usuários com necessidades especiais, não dá pra comparar o feito pelo Metrô pelo que a Supervia aplicou nos seus trens. Enquanto nos Séries 3000 o espaço para cadeirantes se limita a um quadrado amarelo na ponta das unidades com uma barra de ferro para apoio, o MetrôRio colocou amplo espaço para cadeirantes nas extremidades dos carros junto aos gangways, e perto das "janelinhas". Claro que, na ausência destes, os novos carros do Metrô acomodarão mais passageiros em pé nestes locais. 

 Espaço destinado a cadeirantes no novo trem do Metrô: Um espaço de fato.

Assentos Preferenciais


 Assentos preferenciais nos novos trens da Supervia: Cor chamativa e boa localização.

Nos assentos preferenciais, onde o senso comum era que um deveria pouco ligar e outro dar atenção especial, aconteceu o contrário. A Supervia diferenciou-se dos trens coreanos, onde os três assentos longitudinais nas nas extremidades dos carros indicados por um simples adesivo representavam os assentos preferenciais. Com 8 assentos na coloração lilás, eles ficam juntos aos bancos em L, mais acessíveis e cômodos.Nos novos carros do MetrôRio porém, a demarcação dos assentos preferenciais é vaga, se limitando somente a um adesivo na janela próximo ao assento. Por serem assentos longitudinais e sem estofamento, poderá haver problemas e discussões entre os (exigentes) usuários idosos do Metrô com relação a essa regra. O funcionário do MetrôRio que organizou a visita/exposição dos novos carros no entanto afirmou que caso seja vista a necessidade e a solicitação dos usuários pela demarcação do assento preferencial por meio da pintura dos bancos preferenciais ela será feita.


Assento preferencial nos chineses do Metrô:
Vago adesivo na janela faz a indicação, e pode vir a causar dor de cabeça em muita gente...

Equipamentos de Segurança

Intercomunicador de emergência dos novos trens do Metrô: 
Mais explicativo, complementando-se com os procedimentos de evacuação de um trem na via.

Em matéria de segurança, ambas as unidades vem com intercomunicador de emergência entre cabine/condutor e salão de passageiros. No entanto, o "how to do" do MetrôRio é mais claro e informativo que o da Supervia. Assim como os adesivos de como proceder em caso da necessidade de evacuar a via, onde no caso da Supervia são muito vagos e dão margem ao desespero e aos atos desesperados dos usuários nas avarias dos trens, quando saem esbaforidos para a linha sem o auxílio de ninguém até a estação mais próxima. 

Intercomunicadores de emergência da Supervia: Simples e quase imperceptíveis. 

Ar - Condicionado

Equipamento de ar-condicionado dos trens da Supervia: Grandes e potentes.

Não há muito o que dizer: ambos tem ar-condicionado eficientes(no popular: gelaaando!), que não deverão deixar os seus usuários insatisfeitos. Porém, cabe ressaltar: o controle e regulação da temperatura e seu funcionamento cabe ao maquinista da unidade. Ou seja, caso o AC esteja fraco ou inoperante, contate o condutor da unidade, pelos intercomunicadores de emergência ou indo até a cabine líder.

Equipamentos de ar-condicionado dos novos trens do Metrô: 
Finalmente adequados as características da Linha 2, em superfície.

Cameras de vigilância

Câmera no carro do novo trem do Metrô: Olhar que traz segurança.

São trens altamente monitorados, tanto pelo condutor como a possibilidade de serem monitorados pelo CCO.Em ambos os trens, são duas câmeras por carro, localizadas no teto das unidades. No caso da Supervia, são 14 câmeras ao total: 4 câmeras que fazem a função de "retrovisor" dos trens, vigiando o procedimento de embarque e desembarque, 2 câmeras localizadas acima do letreiro frontal visualizando a linha, e 8 cameras no salão de passageiros da unidade. No Metrô, são 16: 12 câmeras no salão de passageiros da unidade e 4 nas cabines de condução, duas câmeras voltadas a linha e duas que visualizam o painel de condução da unidade. 

Câmeras nos novos trens da Supervia: Discretas, são "pau para toda obra".

A conclusão que podemos adquirir deste "comparativo" é de que, apesar de terem suas diferenças estéticas e funcionais, os novos trens tem a mesma função: tornar o sistema mais confortável, aumentar a oferta de trens e dinamizar a operação. Dar status de "metrô" a quem sempre foi um "trem" e melhorar o sistema de um "metrô" que vem ganhando críticas até então exclusivas aos "trens". Não existe, e não deveria existir, segregação entre "trem" e "metrô": ambos juntos formam uma grande rede ferroviária na qual só tem diferenças relativas ao sistema de alimentação dos trens e a concepção das estações e do gabarito das unidades. Problemas sociais de um país onde a concepção metroviária foi tardia e popularmente segregada por autoridades e pela população, leigamente criando a barreira entre "trens" e "metrô", onde um sempre indicou atraso, e ao outro, o status de modernidade e solução. Os trens da CNR(assim como, no caso de SP, os trens espanhóis da CAF)demonstram acima de tudo que eles são mais iguais que a gente imagina, não por saírem da mesma planta industrial, mas por terem os mesmos propósitos em prol do progresso e melhoria da mobilidade urbana sobre trilhos.