Como dito no último post,em 1957 chegaram ao Rio de Janeiro os TUEs da Série 200,para minimizar os problemas que até então vem ocorrendo na E.F.Central do Brasil.Porém a situação só se complicou, com os inúmeros acidentes ocorridos ,somando-se a rotina de atrasos e lotação máxima dos trens.
Em 1964 ,pelas mãos da Fábrica Nacional de Vagões,Cobrasma e General Electric, chega a Série 400.Curioso destacar que não se sabe muito ao certo quantos 400 foram fabricados tanto para o Rio de Janeiro quanto para S.Paulo,mas suas numerações aqui no Rio dão por indicar que foram 100 TUEs fabricados e assim posteriormente divididos entre os subúrbios do Rio e São Paulo.
Fotos do Série 400 original
No salão de passageiros ele tinha os bancos de madeira e a saída da cabine do mqt se dava para o salão.Logo ganhou o apelido do cantor Wanderley Cardoso,um grande cantor de sucesso na época da Jovem Guarda...Até hoje é conhecido pelo seu sacolejo excessivo,além de uma boa ventilação interna.
Já em 1966 ele esteve presente na eletrificação dos subúrbios da E.F.Leopoldina,de Francisco Sá até a Penha Circular,olha ele aí no anúncio abaixo:
Acima,a estação da Penha Circular,no dia da inauguração da eletrificação dos subúrbios da E.F.Leopoldina.E a direita desta foto um Série 400!!Abaixo um 400 na estação Francisco Sá,em funcionamento,no ano de 1969.
A primeira fase de reforma da Série 400 ocorreu na década de 70.A saída para o salão de passageiros foi descontinuada,passando a ser ao lado direito do mqt,na qual a cabine de comandos tradicionalmente é de mão inglesa,posteriormente na mesma década ganhando as portas em ambos os lados.No salão de passageiros os bancos de madeira deram lugar aos bancos de fibra,assim sendo até hoje.
Trens da Série 400 já com portas de saída dos maquinistas a direita dos mesmos,exceto na foto acima.Se for reparar bem no sinal no canto inferior esquerdo dá pra ver a porta esquerda já construída.
A segunda fase dos 400 nasceu na década de 80.A primeira mudança frontal da série,na qual os faróis e as luzes de cauda passaram a ser próximas do engate,e o letreiro passou a ser acima da janela central,não mais acima da janela de visão do mqt.
Duas fotos antigas de 400 Fase II,já na gestão CBTU e no saudoso ramal Japeri-Barra do Piraí,eletrificado.Abaixo um 400 Fase II da SuperVia,em circulação atualmente.
Naquela época muitos 400 Fase I-eles não deixaram de existir,muito pelo contrário,também foram reformados,ganhando também a segunda porta de saída do maquinista a sua esquerda,já que até então só havia a porta de saída pela direita-ganharam a mais famosa pintura laranja,ou melhor, a pintura ''Sukita''!!
Fotos dos 400 ''Sukita'' na década de 80.Na primeira foto se trata do ER 1423.
Em 1993 a Série 400 ganharia a modificação mais drástica pela CBTU,ganhando também a famosíssima pintura Chanceller,uma alusão à uma embalagem de um cigarro existente na época.
A primeira foto é de um 400 com a pintura ''Chanceller'' na estação Barão de Mauá.Acima se trata do TUE 441,o último que rodava com a pintura Chanceller,já na concessão da SuperVia.Infelizmente em novembro de 2009 o mesmo foi grafitado.
Durante a gestão Flumitrens alguns 400 foram reformados para Fase III,já muitos outros da CBTU foram baixados,em geral Fases I e II...
Da esquerda para a direita:Série 500,Série 800,Série 400 e Série 8000,com a pintura laranja e vermelha da Flumitrens.
Logo no início da gestão da SuperVia foi inciado um programa de reformas na qual a T'Trans realizou a reforma em 12 TUEs da Série 400.
Duas fotos da unidade 460,a última unidade entregue reformada pela T'Trans,em 2008.
Hoje eles já estão em final de vida,já que sua vida útil está chegando ao limite,reforçando o fato também de serem de aço carbono,não resistindo à corrosão.Rodam frequentemente nos ramais de Japeri,Belford Roxo e Saracuruna.
Um comentário:
Vale a pena registrar que o estado re-reformou trens que já haviam sido passados para a fase III pela CBTU e flumitrens, como os TUEs 460 e 401.
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