A ferrovia carioca na década de 90 passava por seu pior momento.Concessionada pela Companhia Fluminense de Trens Urbanos - Flumitrens,em 1996 em média apenas 145 mil passageiros viajavam diariamente nos trens do Rio de Janeiro,dada a ineficiência do transporte metropolitano sobre trilhos.
Muitos destes usuários migraram para o meio de transporte rodoviário,para fugir de problemas diários,como:
Muitos destes usuários migraram para o meio de transporte rodoviário,para fugir de problemas diários,como:
Frota deficitária - A SuperVia quando assumiu o transporte ferroviário tinha a disposição apenas 58 trens,35 destes eram confiáveis, ou seja, tinham condições de fazer viagens.Isso também demonstrou o sucateamento grandioso dos trens cariocas:No ano de 1984,sob a concessão da Companhia Brasileira de Trens Urbanos - CBTU, a frota ativa de trens chegou a 253 unidades ativas,das quais 150 unidades tinham menos de 5 anos de fabricação, ou seja, eram novas.
Conservação das estações deficitária - Em 1998 a Defesa Civil chegou a condenar as instalações ferroviárias da Flumitrens,por não apresentarem o mínimo de segurança aos passageiros.Abaixo uma foto da estação do Jacarézinho, na época denominada por Vieira Fazenda:
Péssimo estado dos trens - Além do risco de avaria constante, os trens eram vandalizados com frequência, muitos trens não tinham mais os bancos, pega-mãos e bagageiros, eram pichados e sujos.
Atrasos - Oriundos dos problemas operacionais, da falta de frota e também de acidentes fatais com os surfistas ferroviários e os ''pingentes''.
Vide os problemas,ocasionados pela falta de investimentos no setor ferroviário, que se iniciou nos idos da década de 80, no ano de 1998 deu-se início ao processo de licitação da operação da ferrovia carioca,na qual o vencedor se tornaria responsável pela manutenção e operação da malha ferroviária carioca por 25 anos,renováveis por mais 25 anos.
Com um lance de aproximados US$ 280.000.000,00 o consórcio espanhol Bolsa 2000 venceu a licitação.Daí nasceu a SuperVia Trens Urbanos, que passou a operar o sistema de trens urbanos no dia 1° de novembro de 1998.
Nos próximos posts sobre a SuperVia, falarei sobre o material rodante, uma pequena série que será dividida em: Metropolitan Vickers Série 100:O primeiro TUE elétrico do Rio; Metropolitan Vickers Série 200: A ''Martha Rocha'' da ferrovia carioca; Série 400:O ''Wanderley Cardoso''; Hitachi Série 500, os famosos trens japoneses; Mafersa Série 700, um fruto da indústria ferroviária nacional; Santa Matilde Série 800, sua curta e triste história; Cobrasma Série 900 no Rio,São Paulo e Minas também; Cobrasma/Mafersa Série 1000: O Série 200 evoluiu; Série 9000:Uma modernização nada conveniente; e para finalizar, Os trens coreanos.
Até + !
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